
Avalanche, por Marta Porto
PS:
O que sobra de imaginação após a catástrofe?
Que sonhos ainda podem ser sonhados quando se está cercado por imagens incessantes de fenômenos sobrepostos, encurralados que estamos pela avalanche de gestos, sons, cheiros, ruídos, acusações e oposições, dedos em riste a ameaçar nossa pequena margem de autoralidade em um tempo sem autores?
Paradoxo dos nossos tempos, é no hiato entre o sismo e o soterramento (entre o barulho e a estática) que se revelam quais significados ainda valem a pena ser vividos, reinventados, rompidos, mortos.
O que sobra de imaginação após a catástrofe?
Que sonhos ainda podem ser sonhados quando se está cercado por imagens incessantes de fenômenos sobrepostos, encurralados que estamos pela avalanche de gestos, sons, cheiros, ruídos, acusações e oposições, dedos em riste a ameaçar nossa pequena margem de autoralidade em um tempo sem autores?
Paradoxo dos nossos tempos, é no hiato entre o sismo e o soterramento (entre o barulho e a estática) que se revelam quais significados ainda valem a pena ser vividos, reinventados, rompidos, mortos.